quinta-feira, 1 de novembro de 2018

A HISTÓRIA DO DKW-VEMAGUET


Essas são as duas últimas unidades produzidas: um Belcar e uma Vemaguet, que apagaram as luzes da fábrica DKW-Vemag

Uma curiosidade de São Paulo que passa despercebida por parte dos nosso cidadãos fica por conta da história automobilística do nosso país. E a nossa querida cidade possui uma importância fundamental para a indústria que conhecemos hoje.

Foi no bairro do Ipiranga, em uma área de 87.114 m², que foi instalada a fábrica da Vemag S/A – Veículos e Máquinas Agrícolas. Fundada em 1955 (e instalando sua unidade fabril em 1956) essa empresa foi a responsável por lançar a perua DKW Vemag, uma cópia do modelo alemão DKW fabricado pelo grupo Auto Union. Seu lema era: “BRASILEIROS PRODUZINDO VEÍCULOS PARA O BRASIL”, fato que se mostraria verdadeiro até o fechamento da DKW.

 A empresa começara suas atividades em 1945, ainda como Distribuidora de Automóveis Studebaker, sendo a responsável por montar e distribuir veículos das marcas Studebaker, Massey Harris, Scania Vabis, Kenworths e Ferguson.


Visando conquistar uma faixa maior do mercado, a Vemag conseguiu se tornar acionista de várias firmas que representava, como a Massey Fergusson, que fazia tratores, e a Scania Vabis, a grande fabricante de caminhões.

No ano de 1958, após algum tempo sem novidades, a empresa lançou o Belcar, o primeiro automóvel da chamada linha “Vemaguet”. Na sequência, dessa vez na unidade fabril de Brasília, veio o “Candango”, jipe batizado em homenagem aos nordestinos, mas que não atingiu o sucesso esperado. Vale dizer que, até 1959, os Vemag eram equipados com um motor de três cilindros e de dois tempos e, esses modelos, foram os únicos carros do gênero fabricados no Brasil.



A marca ainda seria pioneira em outro sentido: seus veículos foram os primeiros carros brasileiros a receber a chamada sincronização nas quatro marchas, no ano de 1960. Os carros da linha Vemag consumiam entre 8,3 e 9,1 quilômetros por litro e chegavam à velocidade máxima de 122km/h. A Vemaguet, mais pesada e, por isso, menos rápida, tinha um acelerador de dois estágios.

Em 1964 a fábrica lançou uma nova série que era conhecida por “1001”. Novas maçanetas, novo sistema de abertura de portas, painel estofado, revestimento de porta-malas e outras modificações caracterizavam a nova linha.

No ano seguinte, a linha Vemag passou por alterações. A empresa lançou a série Rio, em homenagem ao IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro. Além de outras modificações, os limpadores de para-brisa passaram a ficar no lado direito do motorista, melhorando a visibilidade.

A absorção do grupo Auto Union (compreendendo as marcas Audi e DKW) pela Volkswagen, em 1965, só trouxe consequência para o Brasil em 1967, quando a Volkswagen brasileira assumiu o controle da Vemag e suspendeu definitivamente a produção dos veículos daquela fábrica. Estima-se que, no ano em que encerrou as atividades, a empresa tinha cerca de 3.500 funcionários.


PS: Para os curiosos o nome DKW apareceu em 1916 quando J.S. Rasmussen construiu um carro a vapor. Daí o nome Dampf Kraft Wagen (DKW) ou Carro de Propulsão a Vapor.

J.S. Rasmussen o pai dos DKWs

Fonte Texto aqui

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